Nas praças de Araçatuba (SP) e Barretos (SP), referências para o mercado, a cotação média da arroba do boi gordo subiu R$ 2, para R$ 311 no pagamento a prazo. O “boi China” também aumentou R$ 2, para R$ 316 a arroba, enquanto a da novilha teve reajuste de R$ 1,00 para R$ 301 a arroba. Apenas a cotação da vaca não mudou na comparação diária, seguindo a R$ 285 a arroba.

O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) também destaca que os preços dos animais para abate seguem firmes em todas as regiões, com as escalas um pouco mais curtas que na semana passada. Frigoríficos aumentam os valores quando precisam intensificar as compras e tendem a manter a mesma cotação nos dias seguintes, administrando novas altas de acordo com suas necessidades de escala.
Segundo o Cepea, o mercado da carne no atacado atua como um fator limitante para altas maiores no boi, apresentando tendência de estabilidade nos preços após as valorizações acumuladas em outubro. No atacado da Grande São Paulo, os preços da carne vêm apresentando reajustes positivos ao longo do mês, mesmo neste período em que as vendas no varejo costumam diminuir. Como a oferta dos frigoríficos aos atacadistas é baixa, as cotações seguem em patamares firmes.
Confinamentos
Pesquisa do Cepea em conjunto com a Tortuga/DSM mostra que, em outubro, a taxa de ocupação dos confinamentos ficou 18,5% acima do observado no mesmo mês de 2024. Já são nove meses de altas consecutivas.
Mesmo com a chegada das chuvas, a lotação dos confinamentos representa o otimismo do setor com o cenário no curto prazo, com uma previsão positiva para a rentabilidade nos próximos meses, segundo o Cepea.
Um fator de atenção para o setor é na disponibilidade de boi magro. O Centro de Estudos alerta que o cenário do mercado de reposição mostra uma falta de oferta de machos nelore em peso ideal para engorda em muitas regiões.
Fonte/Créditos: Por Marcelo Beledeli — Porto Alegre
Créditos (Imagem de capa): Foto: José Florentino/Globo Rural

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