
As investigações apontam que o promotor de Justiça Lincoln Gakiya (no centro da foto) e o coordenador de presídios Roberto Medina, responsável por unidades prisionais no Oeste do estado, eram os alvos da facção criminosa.

Célula de monitoramento do PCC
Segundo o Ministério Público, havia uma célula do crime organizado “estruturada de forma compartimentada e altamente disciplinada”, responsável por realizar levantamentos detalhados da rotina de autoridades públicas e de seus familiares, “com a clara finalidade de preparar atentados contra esses alvos previamente selecionados”.
Os criminosos, continuou o MPSP, tinham identificado, monitorado e mapeado os hábitos diários de autoridades, “num plano meticuloso e audacioso que demonstrava o grau de periculosidade e ousadia da organização”.
“A célula operava sob rígido esquema de compartimentação, no qual cada integrante desempenhava uma função específica, sem conhecer a totalidade do plano, o que dificultava a detecção da trama”, afirmou.
“A ação integrada entre os setores de inteligência da Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Penal e do MPSP foi fundamental para detectar e neutralizar o plano antes que fosse executado, impedindo que o crime organizado alcançasse seu objetivo. A atuação coordenada das instituições permitiu a identificação dos envolvidos na fase de reconhecimento e vigilância, bem como a apreensão de materiais e equipamentos que serão submetidos à perícia e, em última análise, poderão levar à descoberta dos responsáveis pela etapa de execução do atentado”, acrescentou.
Execução de ex-diretor-geral de SP
Por enquanto, a Polícia Civil diz não ver conexão entre esse plano e a execução do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes, ocorrida em 15 de setembro.
Segundo a TV Globo, no entanto, o monitoramento dos passos de Medina e Gakiya começou na mesma época em que os assassinos do ex-delegado começaram a segui-lo em Praia Grande, em julho.
Fonte/Créditos: Redação O Antagonista
Créditos (Imagem de capa): Foto: Lula Marques/Agência Brasil

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