
“De acordo com estimativas de especialistas em saúde pública, entre 10 e 15 milhões de brasileiros enfrentam hoje algum tipo de dependência de drogas ou substâncias químicas — incluindo o álcool. Por trás desses números estão histórias de dor, coragem e persistência, lembra a nota assinada por pessoas cuja identidade o Diário do Poder por preservar.
“São milhões de pessoas que travam, dia após dia, uma batalha silenciosa para se manterem sóbrias, saudáveis e reintegradas à sociedade. Essa luta exige apoio, compreensão e políticas públicas eficazes — não estigmatização nem distorções morais”, diz a nota de familiares e amigos dos que lutam contra dependência química.
Essas pessoas afirmam que “a dependência é uma doença, não um crime”e que o usuário “precisa de tratamento, acolhimento e oportunidade, não de julgamento.” Para eles, e equiparar traficantes — agentes do crime organizado que exploram o sofrimento humano — às vítimas da dependência é um erro moral e político grave.
“Essa comparação desrespeita famílias devastadas pela perda de filhos, irmãos e pais; desconsidera comunidades que vivem sob o domínio da violência; e ofende profissionais e voluntários que trabalham incansavelmente pela recuperação de dependentes”, afirmam.
Negando a noção de justiça
Em nome dessas famílias, a nota reafirma compromisso com a compaixão, a dignidade e a responsabilidade. “Compadecer-se dos dependentes é um dever humano. Mas relativizar a culpa dos que lucram com o vício e o tráfico é negar a própria noção de justiça.”
“Pedimos empatia com todos que enfrentam o difícil caminho da sobriedade — com quem recai e recomeça, com quem se interna, com quem luta para reconstruir vínculos e sonhos”, diz a nota. “Pedimos políticas públicas que unam saúde, educação e segurança, em vez de discursos que confundem vítimas e algozes.”
A manifestação dos familiares e amigos de dependentes químicos finaliza pedindo respeito:
– “Em memória dos que perdemos e em respeito aos que resistem, reafirmamos: o Brasil precisa acolher quem sofre, tratar quem precisa e responsabilizar quem destrói. Só assim poderemos construir um país mais humano, mais justo e verdadeiramente solidário.”
Fonte/Créditos: Cláudio Humberto
                
                                        
                                        
                                        
                                        
                                        
                                        
                                        
                                        
                                        
                                        
                                        
                                        
                                        
                                        
                                        
                                        
                                        
                                        
                                        
                                        
                                        
                                        
                                        
                                        
                                                                                    
                    
                
                                                                            
