
O deputado federal Zé Trovão (PL-SC) protocolou, nesta quinta-feira (23), um pedido de prisão preventiva contra Tonia Andrea Inocentini Galletti, coordenadora jurídica do Sindnapi (Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos) e filha do fundador da entidade. O parlamentar acusa a filha de João Feio, sindicalista fundador do Sindnapi, do irmão de Lula (PT), de falso testemunho durante seu depoimento à CPMI do INSS.
O requerimento, assinado também por Coronel Chrisóstomo (PL-RO), Coronel Fernanda (PL-MT), Fernando Rodolfo (PL-PE) e Bia Kicis (PL-DF), pede ainda o afastamento de Tonia do cargo.
Segundo o documento, a advogada se contradisse ao afirmar na CPMI que Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tornou-se diretor do sindicato apenas em 2021 — declaração divergente de entrevista posterior em que disse que ele “está no Sindnapi desde 2008”.
Os parlamentares alegam que, em liberdade, a diretora poderia interferir nas investigações e pressionar testemunhas, comprometendo a apuração de supostas fraudes bilionárias envolvendo o sindicato.
Zé Trovão declarou que a CPMI “vem desvendando um esquema que prejudicou milhões de aposentados e pensionistas” e classificou o depoimento de Tonia como “afronta” ao Congresso.
O pedido será analisado pelo presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), e pode ser votado na próxima reunião deliberativa.
Se aprovado, a Polícia Legislativa ou a Polícia Federal executará a decisão.
Apurações da revista Oeste, da CGU e da Polícia Federal apontam que empresas ligadas à família Galletti receberam mais de R$ 8 milhões do Sindnapi e de instituições financeiras.
Entre elas estão o escritório Pellegrino & Galletti Advogados (R$ 3,19 milhões), a Gestora Eficiente Ltda. (R$ 2,73 milhões) e a Esférica Assessoria e Sistemas Ltda. (R$ 2,29 milhões).
Fonte/Créditos: Lucas Soares/Diário do Poder
Créditos (Imagem de capa): Foto: Carlos Moura / Agência Senado

