Custo de Vida
O custo da alimentação continua sendo um dos principais desafios para as famílias rondonienses. Em abril de 2025, a cesta básica em Porto Velho chegou a R$ 623,24, valor quase 7% maior do que o registrado no mesmo período de 2024, segundo levantamento do Programa de Educação Tutorial (PET) da Universidade Federal de Rondônia (Unir). Embora tenha havido queda de 1,28% em relação a março, o índice acumulado ainda mostra uma inflação de 7,23% nos últimos 12 meses, sendo 6,66% apenas em 2025.
Queda recente nos preços
Em agosto de 2025, o cenário apresentou certo alívio: a cesta básica caiu para R$ 631,28, uma redução de 0,85% em comparação a julho. No acumulado de abril a agosto, a diminuição chegou a 5,21%. Entre os 12 itens avaliados, nove tiveram queda, incluindo produtos de peso no orçamento, como arroz, feijão, carne bovina, pão francês e café em pó.
Apesar da redução, especialistas lembram que o recuo não compensa o aumento acumulado no último ano e que os valores ainda permanecem elevados em relação à renda média da população.
Peso no orçamento das famílias
O impacto da inflação é sentido especialmente pelas famílias de baixa renda. Estudos nacionais apontam que o custo de uma cesta básica considerada ideal para garantir uma alimentação saudável chegou a R$ 432 por pessoa em abril, o que corresponde a 21,4% da renda média mensal per capita. Isso significa que mais de 70% dos brasileiros não conseguem arcar com esse valor sem comprometer outras despesas essenciais.
Reflexos em Rondônia
Em Rondônia, a situação é ainda mais sensível em regiões onde os salários são baixos e boa parte da população depende de programas sociais para complementar a renda. Para muitas famílias, a variação de poucos reais no preço de itens básicos, como feijão e arroz, pode significar a diferença entre manter ou não uma alimentação mínima.
Desafios e perspectivas
A inflação dos alimentos continua sendo um desafio para a economia local. Além da perda de poder de compra, há impacto direto na qualidade da alimentação, já que muitas famílias acabam substituindo produtos nutritivos por opções mais baratas e menos saudáveis.
Economistas defendem que, além de monitorar os preços, é preciso fortalecer políticas públicas que facilitem o acesso a alimentos de qualidade, ampliar feiras de produtores locais e incentivar programas de agricultura familiar, capazes de reduzir os custos da produção e, consequentemente, os preços para o consumidor.
Fonte/Créditos: DA REDAÇÃO| Raquel Avelino
Créditos (Imagem de capa): Marcelo Andrade
Comentários: