A decisão foi anunciada na sexta-feira, após repercussão negativa de declarações de Bueno sobre o assassinato do ativista americano Charlie Kirk.

Em nota, a PUC-RS informou que rescindiu o contrato de locação do espaço, já que o espetáculo era promovido por terceiros.
“A PUC-RS reforça seu compromisso com a liberdade de expressão, mas repudia qualquer manifestação contrária à vida e à dignidade humana, reafirmando que tal postura não condiz com sua cultura nem com seus valores institucionais”, diz a universidade.
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Meia retratação
No sábado, Bueno publicou um vídeo em seu perfil no Instagram em que disse ter cometido “deslizes e excessos” frequentemente incitados pelas redes sociais.
Ele afirmou que não considera a decisão da PUC censura, mas uma escolha dentro das convicções da instituição, que classificou como “conservadora”.
Apesar da meia retratação, o escritor manteve críticas a Kirk.
“Embora o assassinato sempre seja algo a ser lamentado, o mundo sem a presença de certas pessoas, como Hitler e Stalin – embora ele (Kirk) não tenha o mesmo alcance que esses aí – é um lugar que fica melhor. E é um lugar que fica melhor com pessoas do meu tipo.”
Bueno afirmou ainda ter sido alvo de um “movimento orquestrado” por políticos da “extrema direita” com o objetivo de desviar a atenção da condenação de Jair Bolsonaro (PL).
Ele acusou o Instagram de remover o vídeo original, e criticou a plataforma por não derrubar postagens da direita que considerou “mais nocivas e perigosas”.
O historiador também se queixou dos ataques recebidos.
“80% dos comentários do meu post cheio de deslizes e excessos são absolutamente desprezíveis e horrorosos e de um discurso de ódio, com o qual de certa forma eu me tangenciei”, disse.
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Fonte/Créditos: Redação O Antagonista
Créditos (Imagem de capa): Reprodução
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