Alfredo Gaspar ressaltou seu desejo de garantir que a CPMI alcance os grandes ladrões da nação, que meteram a mão no bolso dos aposentados e pensionistas para tirar R$ 6,3 bilhões por meio de descontos associativos não autorizados. E agora, com dados trazidos por órgãos de controle e pelo denunciante, advogado Eli Cohen, o relator afirma que a comissão teria a obrigação de avançar na investigação dos empréstimos consignados, diante da perspectiva muito forte de terem “atirado no alvo [descontos ilegais] e acertado no alvo muito maior do que pensava [consignados fraudados]”.
“Os empréstimos consignados, se seguirem a mesma lógica do que nós estamos vendo nos vícios de autorização, podem corresponder a R$ 70 bilhões de reais. O que nós queremos é alcançar os grandes ladrões da nação que meteram a mão no bolso nos aposentados e pensionistas”, afirmou Alfredo Gaspar.

Diretora de Auditoria de Previdência e Benefícios da CCGU Eliane Viegas Mota expôs à CPMI a conivência do INSS com descontos ilegais. (Foto: Carlos Moura/Agência Senado)
Conivência do INSS
A depoente da CGU, Eliane Viegas Mota, revelou que o INSS sabia e ignorou que 97% dos descontos associativos feitos em favor da a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) não foram autorizados pelos aposentados e pensionistas, ao decidir contrariar orientação técnica do órgão de controle e renovar acordo para manter estes débitos direto dos contracheques dos beneficiários da Previdência.
O relator da CMPI defendeu que os beneficiários do INSS têm que ser alvo da proteção do Parlamento do Brasil. “E o sistema previdenciário brasileiro tem que ter a integridade e a transparência necessárias para o aposentado pensionista não estar sendo roubado no final do mês”, concluiu o deputado alagoano.
Assista à entrevista do relator, publicada no perfil da TV Senado, no YouTube:
Fonte/Créditos: Davi Soares
Créditos (Imagem de capa): (Foto: Carlos Moura/Agência Senado)