A ex-PM, que foi demitida da corporação após processo administrativo por conta do homicídio, tornou-se ré em agosto de 2022, quando a juíza Juliana Grillo El-jaick, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, aceitou a denúncia do Ministério Público contra Rhaillayne pelo homicídio duplamente qualificado da própria irmã, a comerciante Rhayna Oliveira de Mello.
Segundo a promotora Silvia Regina Aquino do Amaral, a soldado da PM cometeu o crime por motivo fútil e traiu a confiança da irmã ao sacar uma arma e efetuar disparos quando as duas brigavam em condições de igualdade. Rhaillayne foi presa em flagrante pelo próprio marido Leonardo de Paiva Barbosa, que também é PM.
Doença mental
Na época, a ex-PM chegou a passar por uma perícia psicopatológica a pedido de seus advogados de defesa, que buscavam impedir a expulsão de Rhaillayne, alegando que ela não estaria em plenas condições de suas faculdades mentais no momento do crime. Apesar disso, o exame indicou que ela não apresentava doenças mentais. A denúncia diz que Rhaillayne agiu com vontade livre e consciente, assumindo o risco de matar, causando lesões que levaram à morte da jovem.
Relembre o caso:
- No início da manhã do dia 2 de julho de 2022, a ex-soldado da PM Rhaillayne Oliveira de Mello matou a própria irmã, Rhayna, em um baile num posto de combustível no bairro Camarão, em São Gonçalo.
- De acordo com depoimentos da própria PM, ela estava bebendo há aproximadamente 12 horas no momento em que disparou contra a irmã.
- Relatos indicam que ela discutiu com ao menos quatro pessoas, além de Rhayna: sua mãe, um motorista de aplicativo, o dono de um bar e sua outra irmã, que estava grávida. Em seu depoimento, na época, ela afirmou não lembrar de vários momentos da noite.
- Em agosto de 2022, a 4ª Vara Criminal de São Gonçalo aceitou a denúncia do Ministério Público contra Rhaillayne Oliveira de Mello pelo homicídio duplamente qualificado da própria irmã, a comerciante Rhayna Oliveira de Mello.
- O Ministério Público requereu o recebimento da denúncia e citou Rhaillayne para responder ao processo. “Ao final, espera que seja a ré pronunciada, submetendo-a a julgamento perante o tribunal do júri desta comarca, sendo condenada ao final”, diz o documento.
Fonte/Créditos: Carlos Carone / Metrópoles
Créditos (Imagem de capa): Google News - Metrópoles Reprodução
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