Quantos por cento das pessoas procurariam o dono de uma carteira perdida na rua?
Seis anos depois de publicarem um estudo em que “perderam” carteiras de propósito em 40 países do mundo (inclusive o Brasil), quatro pesquisadores chegaram a uma nova descoberta sobre o tema:
O índice de devolução das carteiras é um indicador confiável do nível de confiança entre os cidadãos de um país.
Se eles estiverem certos, o Brasil não tem muito o que comemorar.
Os quatro autores fizeram um experimento em larga escala para medir o nível de honestidade em 355 cidades do planeta.
Todas as 17.303 carteiras tinham um cartão de visitas com o nome e o e-mail do dono.
Os participantes do estudo não deixaram simplesmente a carteira no chão: eles foram orientados a procurar um prédio próximo e informar ao funcionário da recepção para dizer:
“Eu achei essa carteira na esquina. Alguém deve ter perdido. Estou com pressa e preciso ir. Você pode ficar responsável por ela?”.
Os pesquisadores usaram dois tipos de carteira: sem e com dinheiro.
Neste caso, o valor deixado foi equivalente a aproximadamente US$ 13,45 (o que, no Brasil, correspondia a R$ 21,75 à época).
Globalmente, 51% das pessoas procuraram o dono da carteira com dinheiro, e 40% fizeram o mesmo após encontrarem a carteira sem dinheiro.
As exceções a essa regra foram Chile, Peru e México.
Nestes países, o índice de devolução da carteira sem dinheiro foi maior que o da carteira com dinheiro.
De forma geral, os pesquisadores concluíram que as mulheres foram mais honestas que os homens, e as pessoas com mais de 40 anos foram mais honestas que as mais jovens.
Bons países
Os países com maior índice de devolução da carteira com dinheiro foram Dinamarca (com quase 80% de devolução), Suécia, Nova Zelândia, Suíça e Noruega.
Nem tanto
Os cinco últimos foram China, Cazaquistão, Quênia, México e — em último lugar — Peru (com menos de 15%).
Brasil: na metade de baixo da tabela
No critério de carteira sem dinheiro, o Brasil ficou em 26° lugar entre os 40 países.
Pouco menos da metade das pessoas fizeram contato com o “dono” do objeto.
No das carteiras com dinheiro, o país aparece em 24° lugar.
Aproximadamente um terço dos brasileiros procurou o proprietário da carteira.
No Brasil, os pesquisadores “perderam” 399 carteiras em oito cidades: Belo Horizonte,
Brasília, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo entre julho e agosto de 2015.
Sendo honesto, a fonte da matéria é a Gazeta do Povo.
Foto: Notícia livre
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