Sexta-feira, 03 Outubro de 2025 - 10:50 | da Assessoria
O sindicalista denunciou que muitos motoristas de Rondônia chegam a trabalhar 18 horas por dia, o que tem levado ao adoecimento e até mortes entre a categoria. Ele relatou casos de mulheres motoristas que sofreram problemas renais fatais em razão do excesso de horas na direção.
“Hoje o motorista trabalha numa escravidão legalizada. Sai de casa sem hora para voltar e, muitas vezes, não consegue fazer R$ 150 no dia, mesmo rodando desde as seis da manhã”, afirmou.
De acordo com Gomes, as empresas praticam concorrência predatória ao reduzir tarifas para disputar passageiros. Em Ji-Paraná, plataformas locais praticam tarifa mínima de R$ 12 e R$ 4 por quilômetro, enquanto a Uber adota mínima de R$ 7 em Porto Velho e R$ 10 em Ji-Paraná, sendo que, segundo ele, Porto Velho tem custos mais altos. “As plataformas manipulam os valores conforme a conveniência delas. Jogam o preço para baixo e quem paga a conta é o motorista”, disse.
“As plataformas manipulam os valores conforme a conveniência delas. Jogam o preço para baixo e quem paga a conta é o motorista”, disse.
Gomes pediu que o Congresso assegure segurança jurídica na remuneração e que a palavra “trabalhador” conste no texto do PLP 152. Para ele, a ausência dessa definição fragiliza a categoria nas disputas judiciais. “Autônomo sem direito é escravidão. Precisamos de uma nomenclatura que reconheça o motorista como trabalhador com direitos”, afirmou.
Fonte/Créditos: 0 | da Assessoria

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