A Esfera Brasil lançou nesta terça-feira, 25, estudo que cruza de forma inédita informações sobre a segurança pública e as organizações criminosas no Brasil.
O levantamento revela que o crime organizado migrou para negócios lícitos e afeta cada vez mais a economia do país.
Além do crime tradicional, ou seja, do tráfico de drogas e de armas, as facções criminosas expandiram a atuação e hoje estão em outros setores, como o de mineração, no ramo imobiliário, no de concorrências públicas (transporte e limpeza urbana), no comércio de combustíveis e nos serviços de água e luz.
O estudo, realizado pela Esfera Brasil em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, traz um mapa que identifica ao menos 21 atividades legais e ilegais com fluxos ilícitos que passam por regiões brasileiras com origem ou destino em diversos países da América do Sul, América do Norte, Europa, Ásia, África e Oceania, o que demonstra a grande diversidade das atividades econômicas impactadas pelo crime.
Para a Esfera, a crise da segurança pública é um problema que precisa ser combatido, tanto pela lesão à vida e à liberdade como pelo impacto negativo na economia.
Segundo Camila Funaro Camargo Dantas, CEO da Esfera Brasil, em busca deste objetivo, o grupo fez a parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública para levantar dados a respeito do tamanho do problema e para apresentar ao governo propostas de soluções concretas.
“Nós criamos um comitê, com a participação do advogado criminalista Pierpaolo Bottini, para definir o nosso foco neste estudo. E decidimos que a melhor estratégia seria seguir o dinheiro. Estudar de onde vêm e para onde vão os recursos do crime organizado. A atual insegurança é uma barreira ao crescimento econômico e à vinda de investidores estrangeiros, além de elevar os custos de transação das empresas brasileiras, o que impacta a nossa competitividade”, afirma Camila.
RAIO-X DO TAMANHO DO CRIME ORGANIZADO
Existem no país 72 diferentes facções criminosas, sendo duas delas transnacionais.
PCC está presente em 23 Estados, e Comando Vermelho, em 20
Potencial de faturamento das organizações criminosas com a cocaína que passa pelo Brasil é de cerca de R$ 335 bi, o que equivale a 4% do PIB brasileiro
País tem mais de 1.500 diferentes instituições de segurança pública, mas não há coordenação federativa.
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Fonte/Créditos: mspontocom.com.br
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