O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ), denunciou nesta quinta-feira (3) que ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) estão “ameaçando” deputados para não votarem o Projeto de Lei que concede anistia aos presos do 8 de janeiro.
“É vergonhoso o que estamos vivendo. Vocês já imaginaram o ministro do Supremo ameaçando deputados para não votarem a favor da anistia? Para que estamos aqui então? Nós somos deputados, eleitos pela população, com voto de confiança da população, ou somos saco de pipoca?”, critica o parlamentar.
O deputado afirma que o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, também foi ameaçado.
“É o mesmo modus operandi da Venezuela, e eles estão dando o recado, ligando para deputados. Já ameaçaram o Kassab, que disse que o PSD estava favorável à anistia. Estão fazendo atividade político-partidária, o que, inclusive, é crime de responsabilidade”, alega o parlamentar.
Jordy pondera ainda que a maioria do “Senado é frouxa”, e que não fazem nada contra ações da Corte. Veja abaixo a declaração completa do parlamentar:
“O que eles estão fazendo com a democracia? Somente em ditaduras é que as pessoas não podem se manifestar. A Constituição nos garante o direito de livre manifestação, e hoje, ir para as ruas para pedir anistia para esses injustiçados do 8 de janeiro está se tornando um atentado contra as instituições democráticas.
É o mesmo modus operandi da Venezuela, e eles estão dando o recado, ligando para deputados. Já ameaçaram o Kassab, que disse que o PSD estava favorável à anistia. Estão fazendo atividade político-partidária, o que, inclusive, é crime de responsabilidade. Só que, infelizmente, nós temos um Senado em que a maioria lá é frouxa. É vergonhoso o que estamos vivendo.
Vocês já imaginaram o ministro do Supremo ameaçando deputados para não votarem a favor da anistia? Para que estamos aqui então? Nós somos deputados, eleitos pela população, com voto de confiança da população, ou somos saco de pipoca? Mas é hora de o parlamento reivindicar seu protagonismo, reivindicar que tenhamos as nossas prerrogativas respeitadas e que haja equilíbrio e separação entre os poderes.”
Fonte/Créditos: Mael Vale / Diário do Poder
Créditos (Imagem de capa): (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados).