Arquivo Pessoal
São Paulo – Imagens inéditas do acidente aéreo que matou 62 pessoas em Vinhedo, no interior de São Paulo, mostram como ficou a aeronave da VoePass após a colisão. No último dia 9/8, o avião ATR 72, de prefixo PS-VPB, caiu em “parafuso chato” após perder sustentação e atingir o quintal de um casa, provocando um incêndio.
Nas imagens, obtidas pelo Metrópoles, é possível ver a cabine do avião completamente destruída. A parte dianteira da aeronave colidiu primeiro com o solo e explodiu, fazendo com que algumas vítimas fossem ejetadas.
Segundo os bombeiros que atuaram na retirada dos corpos, o avião caiu “de barriga”, levemente inclinado para a frente. Isso preservou o desenho da aeronave no solo e facilitou a retirada das vítimas que estavam nos bancos traseiros.
A cauda do ATR 72 foi a parte que mais sofreu com o incêndio. As imagens inéditas mostram os destroços do avião carbonizados.
Veja:
Corpos identificados
Nessa quinta-feira (15/8), a Superintendência da Polícia Técnico-Científica informou que todos os corpos das 62 vítimas do acidente aéreo foram identificados pelas equipes do Instituto Médico Legal Central de São Paulo.
“Os trabalhos periciais tiveram início na noite da última sexta-feira (9/8) e, mesmo em condições climáticas adversas, foram realizados de forma ininterrupta”, disse Claudinei Salomão, superintendente da Polícia Científica. “No final da tarde de domingo (11/8), todos os corpos já tinham sido necropsiados, aguardando apenas identificação.”
De acordo com Salomão, todas as vítimas foram identificadas por meio de exames papiloscópicos, odontolegais e antropológicos. “Isso dispensou a necessidade de exame genético, o DNA”, afirmou.
Investigação
A equipe da Polícia Federal (PF) designada para investigar o acidente aéreo aguarda laudos do Instituto Nacional de Criminalística (INC) e da Força Aérea Brasileira (FAB) para descobrir a causa da tragédia e indiciar eventuais responsáveis.
Pessoas ligadas à investigação, ouvidas pelo Metrópoles, afirmam que ainda é prematuro falar em suspeitos, mas não estão descartadas as hipóteses de crime culposo, por negligência ou imprudência, e até crime doloso com dolo eventual, quando se assume o risco de cometê-lo, mesmo que não tenha tido a intenção.
A PF vai analisar se a aeronave ATR 72 da VoePass, prefixo PS-VPB, estava com manutenção em dia e se todos os equipamentos necessários para o voo estavam funcionando. Ex-funcionários da companhia aérea já relataram uma série de problemas em aeronaves da empresa, como o improviso de um palito de fósforo para resolver um problema no botão que aciona o sistema antigelo.
Fonte/Créditos: Renan Porto/Metrópoles
Créditos (Imagem de capa): Arquivo Pessoal
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