Ministro do STF também suspendeu o processo administrativo contra o magistrado
Pleno.News - 19/09/2023 10h55 | atualizado em 19/09/2023 11h24
O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a suspensão do processo administrativo contra o juiz Eduardo Fernando Appio, afastado da 13ª Vara Federal de Curitiba em maio. Toffoli também anulou a suspeição do magistrado nos casos da Operação Lava Jato, que havia sido determinada pelo TRF-4 no início de setembro.
Leia também1 Mendonça autoriza ex-assessor de Bolsonaro a não depor na CPMI
2 Governo federal usa viagens para justificar gastos do corporativo
3 Deltan desiste de recurso e diz que "não há justiça no Supremo"
4 Universidade expulsa alunos que simularam masturbação em jogo
5 Som da Liberdade tem pré-estreia para convidados no Rio de Janeiro
– Não há razão para que as reclamações disciplinares já instauradas em face dos desembargadores federais – Loraci Flores e de Lima e Marcelo Malucelli – e da juíza Gabriela Hardt tramitem perante o Conselho Nacional de Justiça e que apenas o juiz Eduardo Fernando Appio seja investigado disciplinarmente perante o Tribunal Regional Federal da 4ª Região – afirmou Toffoli.
A juíza Gabriela Hardt foi substituta de Appio no comando da Operação Lava Jato na Vara Federal de Curitiba após a determinação de seu afastamento. No entanto, no mesmo mês, Hardt pediu para deixar o cargo. A magistrada foi a responsável pela sentença que condenou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no caso do sítio de Atibaia, em 2019.
Para Toffoli, todos esses processos contra os magistrados devem ser analisados e julgados em conjunto pelo CNJ, “como medida de prudência e preservação de integrantes do TRF4”.
– Pelo exposto, verifico que não há como separar as apurações em andamento, sem prejuízo de uma necessária visão geral de tudo o que se passou na 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba – declarou.
Toffoli ainda determinou o envio ao STF de todas as informações e dados sobre os processos que tramitam no CNJ contra os outros magistrados. A ação chegou ao STF após Appio recorrer de uma decisão do TRF-4 que o suspendeu do cargo e outra que o declarou suspeito dos casos da Operação Lava Jato.
No recurso feito ao STF, a defesa de Appio diz não ter tido acesso a todo o acervo de provas que embasaram a decisão que culminou no seu afastamento e que não teve direito à ampla defesa. Um dos argumentos usados pelo TRF-4 para declarar o juiz suspeito foi Appio ter usado a expressão “LUL22” como sigla de acesso ao sistema oficial da Justiça Federal.
*AE
Comentários: