Ao retaliar o Irã em 26 de outubro, a Força Aérea israelense, que contou com mais de 100 aeronaves na operação daquele dia, optou por atacar apenas instalações militares de Teerã. Todavia, a ação abriu caminho para futuros ataques às instalações nucleares iranianas após a eleição presidencial nos Estados Unidos, marcada para 5 de novembro, publicou a revista britânica The Economist.
Segundo a revista, o Irã contava com quatro baterias do sistema de defesa aérea S-300 de fabricação russa. Em abril, ao atacar diretamente o Irã pela primeira vez desde os ataques terroristas do Hamas de 7 de outubro de 2023, Israel neutralizou uma delas. Imagens de satélite indicam que Israel destruiu as outras três na semana passada.
“É improvável que a Rússia, que enfrenta uma barragem crescente de drones e mísseis ucranianos, esteja em posição de fornecer novos radares. Além de prejudicar as defesas aéreas iranianas, Israel também infligiu sérios danos aos locais iranianos de produção de drones e mísseis”, disse a Economist.
“Tudo isso tornará mais difícil para o Irã reabastecer os 300 mísseis balísticos gastos em abril e outubro. Também complicará o reabastecimento de aliados como o Hezbollah, cujo arsenal de mísseis foi em grande parte destruído nos últimos dois meses, e a Rússia, que buscou mísseis iranianos para uso na Ucrânia”, continuou.
A promessa de Israel ao governo Biden
Israel prometeu ao governo de Joe Biden que não faria nenhum grande ataque às instalações nucleares do Irã antes da eleição americana.
Tal ofensiva poderia desencadear uma guerra entre duas potências bélicas da região e forças os EUA atuar para proteger Israel.
O recado ao Irã
Mesmo assim, Israel não resistiu e fez um deixou um claro recado ao regime do aiatolá Ali Khamenei, realizando vários ataques que pudessem ser vistos de Teerã.
“Israel provavelmente precisaria da assistência dos EUA em um ataque completo a locais nucleares iranianos, principalmente devido ao número de munições envolvidas, o que sobrecarregaria até mesmo a grande e capaz força aérea de Israel. Mesmo assim, pode conseguir. O Comando Central da América trabalhou excepcionalmente de perto com Israel no planejamento dos últimos ataques, de acordo com funcionários de segurança israelenses.
Em 4 de outubro, Donald Trump encorajou Israel a ir atrás de instalações nucleares: ‘Isso é o que você quer acertar, certo?’ Caso Trump seja reeleito em 5 de novembro, Netanyahu pode decidir que o momento está maduro para tal ataque. O Irã agora acharia muito mais difícil pará-lo”, concluiu a revista.
Fonte/Créditos: Redação O Antagonista
Créditos (Imagem de capa): Foto: Reprodução/X
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