Redação
O grupo terrorista Hezbollah disparou neste domingo, 24, mais de 160 mísseis a partir do Líbano contra Israel.
Em retaliação, as forças israelenses realizaram ataques aéreos contra alvos do Hezbollah nos subúrbios ao sul de Beirute. Antes dos ataques, as Forças de Defesa de Israel (FDI) emitiram alertas de evacuação para dois prédios e divulgaram mapas das áreas que seriam atingidas.
O Hezbollah afirmou mais cedo ter disparado drones e mísseis contra uma base naval no sul de Israel e um alvo militar em Tel Aviv. Durante os ataques, uma casa na vila de Rinatya, no centro de Israel, ficou severamente danificada por foguetes.
O exército israelense confirmou que sirenes de alerta foram acionadas em várias regiões do norte e centro de Israel. O país segue focado em neutralizar tanto o Hamas, em Gaza, quanto o Hezbollah no Líbano, ambos aliados do Irã.
No sul do Líbano, um ataque israelense a um centro do exército libanês em Al-Amiriya resultou na morte de um soldado e deixou 18 feridos, alguns em estado grave, conforme informado pelas autoridades libanesas.
O Exército israelense está investigando o incidente e reiterou que suas ofensivas contra tropas libanesas foram acidentais, já que estas não são os alvos de sua campanha contra o Hezbollah.
O novo líder do Hezbollah
Em 29 de outubro, o Hezbollah anunciou que o xeique Naim Qassem assumiu oficialmente o cargo de secretário-geral da organização, após a morte do ex-líder Hassan Nasrallah em um ataque israelense no final de setembro, em Beirute.
Aos 71 anos, Qassem ocupava desde 1991 o posto de vice-líder e era uma das figuras mais influentes do Hezbollah, onde desempenhou papel essencial na liderança política e religiosa.
Qassem era uma das principais vozes da organização, atuando como porta-voz e estrategista para assuntos de política regional. Durante sua trajetória, publicou obras, como Hezbollah: The Story from Within, defendendo a resistência armada e a autonomia do grupo. Em 2011, ele rejeitou uma oferta financeira bilionária para desarmar o Hezbollah, afirmando: “A resistência continuará, independentemente das consequências”.
Relatos indicam que, após a morte de Nasrallah em um bombardeio da Força de Defesa de Israel a um quartel-general do Hezbollah, Qassem deixou o Líbano e foi para o Irã em 5 de outubro, temendo ser o próximo alvo israelense.
A escolha de Qassem como líder do Hezbollah sinaliza a continuidade da linha de ação e da estrutura de liderança estabelecida por Nasrallah.
Fonte/Créditos: Redação O Antagonista
Créditos (Imagem de capa): Foto: Magen David Adom
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