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Mercado do açúcar sobe levemente, mas se mantém pressionado por safra robusta no Brasil

Analista alerta para o risco de vender açúcar ou etanol a preços ainda mais baixos no próximo ano

Mercado do açúcar sobe levemente, mas se mantém pressionado por safra robusta no Brasil
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Por: Ericson Cunha
 

Nesta quinta-feira (23), os preços do açúcar apresentam leve recuperação após quedas recentes. Em Nova Iorque, o contrato para março/26 é negociado a 15.29 cents por libra-peso (+1.26%), maio/26 a 14.77 cents (+1.10%) e julho/26 a 14.63 cents (+1.04%). Em Londres, o contrato dezembro/25 está cotado a US$ 437.80 por tonelada (+0.76%).

Os preços do açúcar têm estado sob pressão nos últimos meses, com o mercado reagindo às projeções de uma safra global robusta. A Unica informou que a produção de açúcar do Centro-Sul do Brasil na segunda quinzena de setembro aumentou 10,8% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto o mix de cana destinado ao açúcar subiu para 51,17%, ante 47,73% no ano anterior. A produção acumulada de açúcar até setembro na safra 2025/26 também registrou alta de 0,8%, alcançando 33,524 toneladas.

Além disso, a consultoria Datagro projetou que a produção de açúcar do Centro-Sul do Brasil em 2026/27 deve atingir um recorde de 44 milhões de toneladas, um aumento de 3,9% em relação à safra anterior. Essas perspectivas de oferta abundante têm pressionado os preços internacionais, com o mercado ajustando-se às expectativas de excedentes globais.

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Marcelo Di Bonifacio Filho, analista em inteligência de mercado da StoneX, destacou que o mercado já vinha sinalizando enfraquecimento desde o vencimento do contrato de outubro no final de setembro. Ele explicou que, apesar das expectativas de possíveis fatores altistas, como a redução de exportações brasileiras no final do ano e a espera por anúncios de exportação da Índia e Tailândia, o mercado foi dominado pela perspectiva de uma safra global superavitária.

Di Bonifacio também ressaltou que o setor enfrenta desafios adicionais, como a volatilidade do dólar e a necessidade de estratégias mais robustas de gestão de risco pelas usinas. Ele apontou que muitas usinas estão segurando a fixação de preços para exportação, aguardando melhores condições de mercado, mas alertou para o risco de vender açúcar ou etanol a preços ainda mais baixos no próximo ano, caso o cenário atual persista.

 

Fonte/Créditos: Fonte: Notícias Agrícolas

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