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Magistrado diz que Lei Maria da Penha não deve contemplar trans

Desembargador Francisco José Galvão Bruno descreveu como "absurdo" pessoas trans serem contempladas pela lei

Magistrado diz que Lei Maria da Penha não deve contemplar trans
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Desembargador Francisco José Galvão Bruno descreveu como "absurdo" pessoas trans serem contempladas pela lei

Desembargador Francisco José Galvão Bruno Foto: Reprodução / Youtube / APAMAGIS

O desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), Francisco José Galvão Bruno, declarou que pessoas trans não podem recorrer à Lei Maria da Penha, pois “transexual não é mulher”. A fala ocorreu nesta terça-feira (22), em evento do Ministério Público de São Paulo (MPSP).

 
 

– Com todo respeito com homossexuais, transexuais, agora… Transexual não é mulher. Isso é uma humilhação pra mulher, dizer que o transexual tem que receber a Lei Maria da Penha. É um absurdo. (…) A lei diz “mulher”. A mulher tá definida pela ciência há muito tempo. Quando não se sabia escrever, já se sabia a diferença de homem e de mulher. (…) Hoje eles querem mudar isso – disse o desembargador.

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Na ocasião, Francisco era um dos palestrantes do evento. Presidente da seção de Direito Criminal do TJSP, ele ainda citou o caso do vereador transexual Thammy Miranda (PL), dizendo que ele não poderia ser réu via Lei Maria da Penha.

– Dizer que transexual tem que receber a Lei Maria da Penha é um absurdo. A transexual famosa, filha da Gretchen, ela pode ser réu também, então? É lógico que não – acrescentou.

 

– Não é agradável você levar puxão de orelha, como eu levei, porque disse que mulher e homens são de sexos diferentes. Sinto muito se choquei, desagradei, ofendi alguém, não foi a minha intenção, tenho o maior respeito por todas as diversidades – completou, ainda durante o evento.

As falas do desembargador divergem do entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que decidiu, em 2022, que a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em casos de mulheres transexuais.

FONTE/CRÉDITOS: Thamirys Andrade
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