Durante a reunião, os parlamentares também aprovaram a ida do ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, à comissão para explicar as medidas adotadas pelo Executivo diante das ações promovidas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no chamado “Abril Vermelho”, mês marcado por invasões e ocupações de terras que os militantes consideram “improdutivas”.
Inicialmente, o pedido era de convocação, mas foi transformado em convite após acordo entre os membros.
Presidida pelo deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS), a comissão tem intensificado a cobrança por respostas do governo sobre temas sensíveis ao setor agropecuário.
Para Nogueira, é imprescindível que o Congresso acompanhe de perto as ações do Executivo, especialmente quando há contradições entre o discurso internacional e a realidade brasileira.
“A ministra Marina Silva precisa esclarecer como o Brasil pretende liderar debates climáticos em um cenário de avanço do desmatamento e sem diálogo com o setor produtivo. A COP-30 não pode ser apenas um palco de marketing ideológico. É preciso coerência”, afirmou o presidente da comissão.
Sobre a ida de Paulo Teixeira, Rodolfo Nogueira também foi enfático ao cobrar providências.
“O Abril Vermelho tem sido marcado por invasões de terras, violência e desrespeito à propriedade privada. O ministro precisa explicar o que o governo está fazendo para garantir segurança jurídica e impedir a ação de grupos que atentam contra o direito de produzir no campo”, declarou.
Como mostrou o Diário do Poder, Nogueira já havia prometido rigor durante o “Abril Vermelho”.
“Estaremos fiscalizando cada passo do MST durante o Abril Vermelho. Não toleraremos um milimetro de ilegalidade por partes desses criminosos invasores de propriedade privada. A cada crime cometido, daremos uma resposta”, destacou Nogueira.
As datas das oitivas ainda serão definidas pela comissão. A expectativa é de que ambos os ministros compareçam ao colegiado até maio.
Fonte/Créditos: Mael Vale / Diário do Poder
Créditos (Imagem de capa): (Foto: Mario Agra/Câmara dos Deputados).