Enquanto os aliados do ex-presidente interpretaram a demanda como um subterfúgio para inviabilizar a viagem de Bolsonaro sem precisar negar a devolução do passaporte, disseminou-se nas redes sociais outra desconfiança, de que a imprensa ficou sabendo antes da determinação.
Leia também: “Trump despachou pessoalmente convite para Bolsonaro”, diz Eduardo
“Das duas, uma…”, escreveu a vereadora de Porto Alegre Mariana Lescano (PP) em seu perfil no X, para levantar a suspeita:
“Moraes exigiu que Bolsonaro apresentasse o convite de Trump. E 127 segundos depois do documento ser publicado no STF, a Globo já divulgou o doc com matéria completa. Ou Moraes vazou pra Globo antes, ou a Globo tem jornalistas a frente do tempo e com bola de cristal. E aí, o que tu acha que aconteceu? Nós sabemos…”
STF se explica
O STF respondeu ao questionamento da vereadora por meio de seu perfil no X:
“Informamos que a decisão foi divulgada pela assessoria de imprensa do STF ao mesmo tempo para todos os veículos jornalísticos credenciados no Tribunal.”
A resposta veio cerca de 12 horas após a postagem da vereadora, e no domingo, 12, o que evidencia os esforços do STF para conter a disseminação de desinformação, pelo menos em relação ao tribunal.
Leia também: Os mentirosos querem controlar as mentiras
Redes sociais
O STF reforçou sua atuação nas redes sociais e no site nas últimas semanas.
A atualização da página oficial do tribunal está muito mais ágil, e o Supremo tem se esforçado para rebater desinformação, inclusive de fake news que nem precisavam ser desmentidas, como o fato de o decano Gilmar Mendes ser formado em direito.
Por mais ridícula que possa soar em alguns momentos, essa estratégia de combater desinformação com informação é muito menos perigosa do que a que alguns minutos do tribunal pretendem fazer ao aumentar a rigidez do controle sobre as redes sociais.
Leia mais: Toffoli, don’t cut my connection
Fonte/Créditos: Redação O Antagonista
Créditos (Imagem de capa): Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Comentários: