A última pesquisa Genial–Quaest, divulgada na quarta-feira, 2, ratificou a tendência – hoje uma certeza – da queda brutal na aprovação do governo Lula e do próprio presidente da República.
Outrora imaginariamente “o pai dos pobres”, a partir de décadas de propaganda enganosa sobre si e seus governos (ou do PT), em que números e dados deturpados, manipulados e mesmo falsos foram sistemática e massivamente divulgados por veículos de comunicação amigos e blogs financiados por dinheiro público, Lula perdeu a narrativa não apenas para a oposição, mas para a realidade nua e crua, e já não há bravatas e mistificações capazes de alterar o humor dos brasileiros.
O lulopetismo sempre foi mais falso que uma nota de três reais. Jamais entregou o que jura ter feito e, ao contrário, sempre entregou o que jura não ter.
Não aprendeu nada, não esqueceu nada
Após governar o país por quase 17 dos últimos 23 anos, deixando como saldo os maiores escândalos de corrupção da nossa história (mensalão e petrolão), o triênio mais recessivo já experimentado por um país em tempos de paz (Dilma Rousseff, entre 2014 e 2016) e, sim, o bolsonarismo, o desastre lulopetista ressurge incontestável em mais um ciclo econômico de inflação alta, juros estratosféricos, renda medíocre e crescimento insuficiente e insustentável.
As mesmas políticas patrimonialistas de décadas atrás já não surtem mais efeito diante uma sociedade que ou já compreendeu que não existe almoço grátis, e que é ela mesma que paga por seus benefícios – e paga muito mais do que recebe -, que igualmente já não se contenta com uma vida cada vez mais sofrida e dependente do Estado, e que olha com cada vez mais desconfiança para políticos messiânicos.
De igual sorte, os mesmos discursos retrógrados e mofados contra as elites, os empresários, o mercado financeiro e sei lá mais quais inimigos imaginários, não adere nas camadas mais informadas e é totalmente desprezado pelos mais carentes, que preferem comida no prato e um mínimo de segurança nas ruas.
Bolso dependência
O derretimento – pra lá de tardio, aliás – das pautas identitárias e da crispação ideológica entre esquerda e direita, tampouco fazem grande sentido. E até o histórico alinhamento lulopetista a ditadores e ditaduras mundo afora passou a ser entendido e compreendido como errado.
Ou seja, por onde quer que se olhe, o lulopetismo encontra-se em franca decadência, até porque, convenhamos, Lula está decadente – seja política, cognitiva ou fisicamente. No jargão popular: o peso da idade chegou.
O que ainda mantém alguma chama de lulopetismo acesa é o bolsonarismo, um mal não menor, ainda que diferente e muito mais novo.
Tchau, querido
Uma vez que a Justiça impeça definitivamente Jair Bolsonaro de participar da política eleitoral, Lula irá derreter como gelo sob o sol no Saara.
Seu fim político, cada vez mais próximo, deixará como retrato um homem que enganou muitos por muito tempo, mas jamais todos por todo o tempo, e que termina seu ciclo não como “o pai dos pobres”, mas como um verdadeiro carrasco destes.
Fonte/Créditos: Ricardo Kertzman / O Antagonista
Créditos (Imagem de capa): Foto : Cadu Gomes/VPR
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