O ministro do STF Alexandre de Moraes (foto) tem sido criticado nas redes sociais por errar a data em que o Brasil deixou de ser colônia, durante um discurso em defesa da soberania do Brasil em uma audiência.
“Nesses 73 anos de inauguração da sede oficial da ONU é importante que todos nós reafirmemos nossos compromissos com a defesa da democracia, dos direitos humanos, da igualdade entre as nações e o nosso juramento integral de defesa da Constituição brasileira e pela soberania do Brasil, pela independência do Poder Judiciário e pela cidadania de todos os brasileiros e brasileiras, pois deixamos de ser colônia em 7 de setembro de 1822, e com coragem estamos construindo uma república independente e cada vez melhor, independente e democrática com a Constituição de 1988“, afirmou Moraes.
O Brasil, contudo, deixou de ser colônia no dia 16 de fevereiro de 1815, quando foi legalmente criado o Reino do Brazil.
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História oficial
O erro de Moraes, contudo, pode ser atenuado porque muitos livros de História simplificam os fatos.
Escondem as nuances em prol do didatismo.
Além disso, ao dividir a história do país, os historiadores criaram os termos “Brasil Colônia” e o “Brasil Império“, com a data de 7 de setembro de 1822 separando os dois.
Essa divisão faz com que muitos estudantes pensem que a colônia só acabou no final do período do Brasil Colônia, o que é falso.
O que de fato aconteceu
Se fossem fiéis aos fatos, os historiadores deveriam ensinar duas datas.
Primeiro, o Brasil deixou de ser colônia em 16 de dezembro de 1815.
Em seguida, em 7 de setembro de 1822, o Brasil tornou-se independente.
Reino do Brazil
Em artigo publicado na revista Crusoé, em 2022, o historiador e diplomata Hélio Franchini Neto, autor do livro Redescobrindo a Independência, falou sobre esse momento.
“No dia 16 de dezembro de 1815, foi legalmente criado o Reino do Brazil, que acabava com o regime colonial. Sim, ao contrário do que se costuma pensar, a colônia deixou de existir sete anos antes da data convencional. Além disso, nessa época ainda não se podia…
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Fonte/Créditos: Duda Teixeira / O Antagonista
Créditos (Imagem de capa): Reprodução/redes sociais
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